A FAL�CIA PR�/TRANS

Uma das contribui��es te�ricas mais importantes de Wilber para a compreens�o da psicologia da espiritualidade � a chamada "fal�cia pr�/trans".

Na maior parte das vis�es populares e cient�ficas da espiritualidade, duas categorias principais s�o postuladas

             PESSOAL "ESPIRITUAL"
             racional espiritual
             homem mulheres
             ci�ncia religi�o
  ego Self/ess�ncia/ser
  cultura natureza
  etc. etc.

A vis�o acima (que chamaremos de vis�o I) � comum no campo da psicologia profunda. O desenvolvimento humano � associado a um processo espiral, no qual: quando crian�a somos uma unidade inconsciente com o Self; desenvolvemos uma estrutura de ego ao deixarmos a unidade do Self; contatamos o Self de uma forma mais consciente durante a segunda metade de nossas vidas. Mas, de acordo com Wilber, devemos ao menos postular tr�s categorias:

PR�-PESSOAL PESSOAL TRANSPESSOAL
Religi�o m�tica Religi�o hist�rica Religi�o m�stica
Corpo ego Self/ess�ncia/ser
Natureza Cultura Kosmos
Instinto Intelecto Intui��o
Corpo Mente Alma
etc. etc. etc.

Essa vis�o (que chamaremos de vis�o II) est� mais de acordo com a psicologia do desenvolvimento (quando estendida ao desenvolvimento m�stico) e com as tradi��es esot�ricas. O desenvolvimento humano � retratado como um processo semelhante a uma escada, no qual todos n�s: come�amos com o corpo; crescemos como um adulto racional; e (podemos) terminar como um indiv�duo iluminado.

Ora, a fal�cia pr�/trans acontece porque: - na vis�o I, a primeira categoria (pr�-pessoal) � deixada de fora. Como resultado, ela surge com a terceira categoria, dando-nos uma vis�o pr�-racional da espiritualidade. A pr� e a trans s�o confundidas, ou seja, a pr�-racional � elevada ao status espiritual. (J� na vis�o II, a pr�-racional � reconhecida como uma categoria separada, nitidamente distinta do reino transracional do misticismo)

- na vis�o I, o processo de racionaliza��o e seculariza��o � entendido como anti-espiritual, como � feito pela grande maioria dos "cientistas da religi�o". A religi�o est� em decl�nio porque as pessoas aprenderam a pensar por elas mesmas. (J� na vis�o II, isso s� se aplica � religi�o m�tica. Afinal, a religi�o m�stica ainda est� para ser desvendada por homens e mulheres modernos como um processo que completa seus potenciais de desenvolvimento.

Traduzido por Priscila e Moacyr Castellani
www.metacoaching.com.br

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